O que é?
LER é a sigla para “Lesões por Esforços Repetitivos” e representa um grupo de afecções do sistema musculoesquelético. São diversas afecções que apresentam manifestações clínicas distintas e que variam em intensidade.
DORT é a sigla para “Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho” e foi introduzida para substituir a sigla LER, particularmente por duas razões: primeiro porque a maioria dos trabalhadores com sintomas no sistema musculoesquelético não apresenta evidência de lesão em qualquer estrutura; a outra razão é que além do esforço repetitivo (sobrecarga dinâmica), outros tipos de sobrecargas no trabalho podem ser nocivas para o trabalhador como sobrecarga estática (uso de contração muscular por períodos prolongados para manutenção de postura); excesso de força empregada para execução de tarefas; uso de instrumentos que transmitam vibração excessiva; trabalhos executados com posturas inadequadas.
Causas
A causa da doença é desconhecida. Estudos relatam a importância do componente genético associado a fatores ambientais. Há descrições de associação com citomegalovírus, eritrovírus B19, herpes simples, Chlamydia pneumoniae, mas nenhum deles com resultados confirmatórios.
A idade é o principal fator etiológico da ACG.esposta é geralmente rápida.
Sintomas/manifestações clínicas
O início dos sintomas na arterite de células gigantes (ACG) tende a ser subagudo, mas podem ocorrer apresentações abruptas em alguns dias.
Os sintomas sistêmicos associados à ACG são frequentes e incluem febre, fadiga e perda de peso.
A cefaleia é uma apresentação comum, ocorrendo em mais de dois terços dos doentes. A dor geralmente é nova, localizada na região temporal e associada a sensibilidade do couro cabeludo ao toque. Quase metade dos pacientes com ACG apresenta claudicação da mandíbula, um sintoma que envolve dor mandibular ou fadiga causada pela mastigação e aliviada pela parada.
O envolvimento ocular é grave e pode levar à cegueira. Pode se apresentar como amaurose fugaz (perda transitória da visão) ou perda permanente da visão. Esta é comumente indolor e súbita, podendo ser parcial ou total, uni ou bilateral e as principais causas são a neurite óptica isquêmica anterior, a oclusão da artéria retiniana central ou ramificada, neuropatia óptica isquêmica posterior ou, raramente, isquemia cerebral.
Manifestações neurológicas são incomuns, mas o sistema nervoso central e periférico podem ser envolvidos. Sintomas neuropsiquiátricos são observados em até 3% dos casos.
A polimialgia reumática, que será descrita adiante, é o sintoma mais frequente da recaída da doença.
→ Polimialgia reumática: A polimialgia reumática (PMR) é caracterizada por dores e rigidez matinal nas cinturas dos ombros e quadril, no pescoço e no tronco. A PMR está intimamente ligada à arterite de células gigantes, ocorrendo em aproximadamente 40% a 50% dos pacientes com ACG. Por outro lado, ACG é encontrado em aproximadamente 10% dos pacientes com PMR. Assim, os pacientes devem ser monitorados rotineiramente quanto a sinais e sintomas sugestivos de ACG.
A PMR é quase exclusivamente uma doença de adultos com mais de 50 anos; a incidência aumenta progressivamente com o avançar da idade. A idade média ao diagnóstico é de mais de 70 anos.
O achado laboratorial característico é uma elevação da velocidade de hemossedimentação (VHS) e da proteína C reativa (PCR).
O tratamento dessa condição é feito com glicocorticoides em baixas doses. A resposta é geralmente rápida.
Diagnóstico
O diagnóstico é confirmado pelo exame histopatológico das artérias temporais superficiais, em paciente com quadro clínico compatível e com evidência laboratorial de reagentes de fase aguda da inflamação. O padrão ouro é a biópsia da artéria temporal. Entretanto, 10% a 30% dos pacientes podem ter esse exame normal.
Exames de imagem como ultrassonografia com Doppler, tomografia e angiotomografia computadorizada, ressonância magnética e tomografia por emissão de pósitrons (PET) podem auxiliar no diagnóstico. O achado típico do ultrassom é o sinal do halo, que reflete o edema induzido pela inflamação da parede arterial.
Tratamento
Os glicocorticoides são considerados a droga padrão ouro para o tratamento. Além disso, o tocilizumabe, anticorpo monoclonal contra o receptor de interleucina 6 tem demonstrado bons resultados terapêuticos.
CID: M 35.3; M31.5; M31.6
Livro da Sociedade Brasileira de Reumatologia. José Tupinambá Sousa Vasconcelos. 2019
Reumatologia: Diagnóstico e Tratamento. Marco Antonio P. Carvalho. 5ª edição 2019
Reumatologia. Marc C. Hochberg. 6ª edição
UpToDate 2021