Quando o corpo produz excesso de ácido úrico, ou não consegue eliminá-lo adequadamente através da urina, ocorre a hiperuricemia. Essa é uma condição necessária para o desenvolvimento na gota mas, isoladamente, é insuficiente para explicar os surtos de inflamação aguda nas articulações. Assim, não somente a elevação dos níveis de ácido úrico estão relacionados à gota, mas também fatores genéticos, imunológicos, metabólicos e ambientais.
Nesse grupo de pacientes, os cristais de ácido úrico se acumulam nas articulações e outros tecidos do corpo, causando inflamação e dor intensa. Os sintomas da crise aguda de gota geralmente começam com dor súbita e intensa em uma articulação, mais comumente no dedão do pé, mas também pode afetar outras articulações, como o tornozelo, joelho, pulso e cotovelo. A dor pode ser acompanhada de vermelhidão, inchaço e calor na articulação afetada. O paciente informa muita sensibilidade no local, tornando o simples toque do lençol algo intolerável.
Os fatores de risco para desenvolvimento da gota, além de questões genéticas e imunológicas, incluem obesidade, histórico familiar da doença, consumo excessivo de álcool, dieta rica em purinas (encontradas em alimentos como carnes vermelhas, frutos do mar e bebidas açucaradas) e certos medicamentos.
O tratamento da gota envolve medicamentos para aliviar a dor e reduzir a inflamação, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), colchicina e corticosteroides, bem como medicamentos para reduzir os níveis de ácido úrico no sangue, sendo o alopurinol o principal representante. Além disso, mudanças na dieta e no estilo de vida, como redução do consumo de álcool e alimentos ricos em purinas, perda de peso e exercício físico regular, podem ajudar a prevenir crises de gota e melhorar a saúde geral.